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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Asteróide b-612, 8 de Junho de 2010

Tu deixas de viver por causa do passado.
Não podes deixar tua vida passar, não podes ver as cores desbotarem, as plantas morrerem. Erga tua cabeça meu bem. A história da tua vida continua, tu és a protagonista, a graça desse conto, sorria, ame, sinta. Tu podes aproveitar o dia de cada vez. Cada momento, companhia, toque, brilho. Observa teu arredor, pequena. Imagino eu se me prendesse ao passado! Pobre de minha ovelha, ou da minha rosa! Jamais a teria perdoado não fosse a presença do tempo. Imagine os baobás! Não te culpo pelas lembranças belas que colecionas, pois guardo as minhas também com tanta cautela! Lembra de nós? Quanta noite esperei para que tu adormecestes em meus braços! E as risadas? As gargalhadas e dias inesperados que passamos juntos! Oh! Não peço que as esqueça. Mas guarde-as em um lugar seguro, se quiseres desenho-te um baú! Veja, talvez seja a hora certa. Recomeça.


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Aquele que é amado

Não chove
Faz tanto tempo
Que eu já desisti
De olhar pela janela

Não para de chover
Faz tanto tempo
Que ele resolveu
Arriscar de novo

Estava tudo bem
Juro que estava
Não foi por querer
Eu tomei tanto cuidado

Mas te machucou
Não adiantaria
Vedar meus lábios

Acalmar a alma

Está tudo rodando
E aquele álcool
Era só uma desculpa
Para vomitar as palavras
Não era?

E o sol sangrava
Eu não pensava
Queria acreditar
Que você estava bem

Eu não consigo mais
Ter que te ver assim
Você não agüenta mais
Então que seja assim

Não podemos mais saber

E quando perguntarem
Eu direi não saber
Sobre o tal garoto
cujo chamam de tal modo:

“Aquele que é amado”

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Meu sonho

Era eu ali, dentro do ônibus em direção a casa. Ela é tão grande e a festa que ali acontecia, mesmo familiar, me deixava tonta. Eu te vi dormindo, você não estava bem, nunca esteve bem desde que se lembre não é? Haviam movimentos para todos os lados, nada estava exatamente iluminado e as pessoas perdidas continuaram fingindo tudo. Ao fim da festa não havia quase ninguém e meus tênis estavam perdidos, eu procurei por todas as partes, mas eles já estavam impacientes e continuavam chamando pelo meu nome. A criança quase morreu naquela casa não foi? Porque ela deixava todos tão depreciados? O homem mascarado então sussurrou aos meus ouvidos: "Aquela família de árvores queria ser assombrada" Sem explicações, meus lábios começaram a sangrar, eu iria morrer e eu estava certa disso. A neve começou a cair e todos se distrairam no frio daquela tarde. Eu queria tempo para acordá-lo, mas antes que tivesse me dado conta, aqueles que estavam tomando café do outro lado da rua já haviam me levado.

domingo, 30 de maio de 2010

And If you want,

I could punch your face when you say:

-I'm good...

sábado, 22 de maio de 2010

Cotidiano


Bendito mesmo é Chico Buarque que cantava "Cotidiano" com uma melodia daquelas e tanta paixão! Porque convenhamos, se cotidiano fosse bom daquele jeito, não haveria tédio.

Fazer tudo igual todos os dias acaba tirando um tanto as cores do dia, o encanto das coisas simples da vida. Uma pena que isso tudo se desgaste assim.
Talvez seja essa a razão da ausência da minha razão, da minha aleatoriedade. Gosto de me surpreender, de dias imprevisíveis, imprescindíveis...

O grande problema é ter feito dessa minha fuga do cotidiano parte do meu cotidiano, porque agora eu fico assim, perdida, andando em círculos nesse paradoxo sem fim...

domingo, 25 de abril de 2010

Mad World.

Eu passeio pelo mundo, eu giro, eu giro.
Eu vejo gente com fome, com frio
Eu caminho mais um pouco
Estamos todos morrendo, morrendo
Mas eles esperam para sentir-se bem
E até que é meio engraçado
Até que é bem triste.

Pelos becos eu vejo a guerra
Eu vejo a morte, eu vejo a morte
Mas ninguém quer ver
Então está tudo bem
O que os olhos não vêem, o coração não sente
Soa o dito popular
E todos mantêm suas expressões
E todos se mantêm sem expressões
É um mundo muito, muito louco.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Le Petit Chaperon Rouge

Passeando pela imaginação, vi ali a esperança. Sem reconhecê-la, segui minha rota. Então a percebi e resolvi voltar, assim, só por curiosidade. De fato ela estava ali, acenando para minha direção. Puxou-me e não tardou a contar sobre tudo o que poderia ser, sobre como eu não deveria tê-la abandonado e como eu seria mais alegre com a presença dela. Depois de cansada eu me levantei, a matei e fui embora. Eu já estava muito atrasada para perder meu tempo naquelas conversas chatas e repetitivas. Mais tarde comecei a me perguntar como poderia ter sido tão fácil matá-la já que esta seria a ultima que deveria morrer. Foi aí que influenciada pela curiosidade, voltei ao local anterior e, ao observar com cautela todos aqueles rastros de sangue e sonhos, percebi a máscara colada na face. Quando me dei conta, aquilo não passava de uma ilusão.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Obrigada Nana!

A pequena pega o lápis e o papel.

Naquele jeito quase que descontraído,

Assiste os arredores e desenha,

Ïronicamente com um ar tão livre e...

Singular assim, rabisca o que nunca fora tão belo antes.

Certainement la plus belle photo qui ait été fait de moi, Merci! Joyeux anniversaire! Tout le meilleur pour vous, car vous le méritez! (R)



quinta-feira, 8 de abril de 2010

Para ser sincera...

Eu quero que você saiba que é um pouco foda
Que eu fiquei aqui esperando, não mais debatendo
Cansada de sentar e detestando fazer essas desculpas
Mas agora você não estará mais "por perto"...
Sabe, até parece que algo foi verdadeiro todo esse tempo
E eu aposto que tive algo com você e com sua carreira
Mas você não vai voltar e dessa vez, bem, dessa vez...
Eu certamente também não estarei mais aqui.

(Fort Minor - Where d' you go? Adaptado)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O que toca na madrugada.

Tão sentimental
Não, sentimental não
Romântico não, desagradável
Querido, eu estou desanimada e solitária
Quando apenas com a sorte
Fui à procura de algo mais
Deixa ser, me enforque, deixa ser

Oh! Estávamos à deriva todo esse tempo
Que passado, e que presente?
Veja-os construir uma torre de paris
Acho que não ficaria assim mesmo

Acho que ela é superestimada

Por um minuto pensei que eu não poderia dizer como cair fora

Vamos devagar, desencorajando aos poucos
Em vez disso queimaremos as lembranças
E quando isso tudo acabar mal
Então poderíamos só discutir

Por apenas um minuto
Não só com a sorte
Pensei que poderia ter sido alguma outra coisa
Estes dias que vem que vem que vem e vão...

Ele era feito de complicações
Eu sei, foi o que eu ouvir dizer
Que é tão típico seu ir e vir

E me conhecer... não você nem me conhece

É doce da sua parte tentar, mas será divertido

Não saber se no fim das contas isso existiu
Ou foi só um filme mexicano maquiado de romance.

Então se você é louco eu não me importo
Se eu fosse você, eu fugiria desta cidade

Enterraria meus sonhos debaixo da terra
Assim como você fez, assim como eu

Nós beberíamos até morrer, nós bebemos essa noite.

E minha cabeça está uma bagunça
E já são duas na manhã, e eu estou andando por aí

Ao lado dos fantasmas de cada alcoólatra
Que um dia cometeu seu devido erro.

Bem esta é uma cidade enorme e é sempre a mesma coisa
Nunca pode ser mais bonita, diga-me o nome da capital.

Seria inapropriado se eu fosse simplesmente corajosa
E dissesse: "Você será meu"?

-

(Phoenix - Lisztomania)

(Phoenix - 1901)

(Beirut - Elephant gun)


(The Fratellis - Whistle for the choir)


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A beleza do irrevogável

Deixa o tempo fazer o que o tempo faz de melhor.
Ao final a esperança é deveras a última que morre.
Mas viver essa ausência é bem como auto-destruição.

Eu ainda acredito na transcedência das coisas verdadeiras.
Eu estive aqui, eu estarei aqui.
Eu zelo pelo teu bem.
Eu te amo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Lua em chamas

Um corpo dilacerado
Coberto, e meia máscara
Enganava-se com certa astúcia
E dizia-se que tudo estava bem

Antigas memórias e um coração conhecido.
Não se pode aceitar tal pedaço assim
Enganava-se continuamente com flores
E dizia-se que tudo estava bem.

Então o pássaro que se alimentava de borboletas
Consumirá todo um corpo ao sangue
Enganando-se com frases de halloween
E dizia-se que tudo estava bem.

Como se não bastasse os cortes
Sente-se o peso da culpa
Nem o melhor ator é bom assim
Para produzir-se em pedra-persona

Mas
enganar-me ei até o fim
Nega-se flores, rios, calor.
Com a face frígida, repousada.
Dir-se-á que tudo ficará bem.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A vida e suas traquinagens

Planos, o que são planos? Sinceramente é uma inocência humana acreditar em planos feitos para um futuro não muito próximo. Pois digo, cria-se planos com muita cautela, carinho e uma leve pitada de esperança. Ótimo, que belo seria se as coisas fossem assim, como se imagina, certo? Errado.

Primeiramente cria-se uma expectativa tão intensa diante dessas idéias que a probabilidade dela satisfazer seus pensamentos é muito baixa. Segundamente que, por mais que você consiga tudo aquilo que você desejara, o que será feito da sua pessoa depois? Manter o ideal? Se esforçar para deixar tudo estável? Perdoem-me se eu estiver errada, mas isso me parece um tanto quanto tedioso.

Então finalmente surge aquela duvida: "Afinal, o que deve ser feito então dessa minha vida? Sentar e esperar?” Não, até porque isso está longe de ser vida, mas no fim das contas o que nos resta é improvisar. Sim! Improviso, a vida nos vai oferecendo o que ela pode e muitas vezes nos pregando peças que definitivamente não são nada agradáveis, mas, e daí? Segue-se em frente, improvisa e arranja-se sempre um jeito de ser feliz, seguir em frente e sempre andar com cabeça erguida. O que não vale é abraçar a dor, desistir e se permitir ser apenas mais um nesse mundo louco, claro que às vezes a tristeza tem seu lugar e não, isso não é ruim, faz parte sofrer de quando em quando para dar um certo caráter, um preparo psicológico, uma temperada na vida.Como diz um grande amigo meu "O que há de errado com essa geração que pensa que nunca se deve sentir dor?"

Pois bem, vive-se, improvisa-se e se é feliz, não tem erro e não há nada mal! É incrível o que pode ser feito da vida perante ao improviso natural das coisas. Só não vale confundir planos com metas ou com sonhos, mas isso eu deixo pra próxima vez.