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domingo, 11 de novembro de 2012

olhos vendados

Eu costumava viver com medo
Ou desistir
Quando não podia ter uma imagem do meu futuro

Algumas pessoas ofereceram respostas
E eu até fingi escutar, mas foram só palavras.

Eis um fato triste
Isso tudo poderia ser evitado
Mas, para mim, seria como deixar de ser humano.

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Gotye - Eyes Wide Open (adaptação)



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Não me peça para abrir os olhos cedo demais.



lembra de quando nos inventamos?

achei que não seria, de todo, uma má ideia...

mas de repente me peguei sentindo falta de não sentir nada.

e se minhas costelas doem de tanto chorar
talvez você não devesse ter nada haver com isso
até porque também, muito provavelmente
você nem me imagine nessa vida desmedida

e se dentre aquelas batidas eu encontrei alguém
que ousou dividir comigo o mesmo dom 
descartar corações sem olhar para trás 
então eu deveria dar meia volta e partir

e se eu pudesse escolher estar aqui
certamente eu já teria ido embora
meu bem, o que você esperava?
nos tornamos os melhores da cidade em dilacerar

mas se você quiser tentar
tape meus olhos e diga que está tudo bem
e não me deixe saber
que você me abandonará também.

e não se deixe perceber
que eu lhe esquecerei também.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Occidit in Circenses

Tenho sentido certo vazio nos indivíduos

Pessoas-metade, máscaras três quartos
Máscaras inteiras, sem nenhum valor.

Se um dia foi necessário um punhal de puro aço
Para que teu amor fosse assassinado
Hoje não se faz mais necessário
As pessoas da sala de jantar tomaram tal ofício

Estamos tão mais ocupados em morrer do que nascer.

Se as armas não se fazem mais essenciais
Não se iluda, caro leitor
A razão não é amor, não é alegria, não é paz.
Mas é que, nesta ausência de vida, 
O que nos resta se não o torpor?

Veja bem, já estivemos do mesmo lado
Em busca do saber para fornecer sonhos, pedidos
E se hoje nos levamos ao conhecer
O motivo não é mais o mesmo:
Egocentrismo, pose, secreto prazer.

Realidade? Superficialidade.

Hoje acordei com medo
Dor nos ossos, meio entorpecida
Tenho tido esses sintomas
Abstinência de vida.

domingo, 1 de julho de 2012

Enfermo


-E então, o que você está sentindo?

-Sei não dotô, uns aperto no peito. Calafrio, umas vontade de rir à toa. Às vezes dá um medão aqui na bôca do estômago. É de arrepiar doutô, mas depois passa, como não fosse coisa desse mundo. Cê me entende dotô?

-Sei. Alguma febre? Dor de cabeça? Enjôo? 

-Nada disso não sinhô. De quando em quando um enjôo, mas coisa pouca também. Às vezes  também me foge o sono e fico a noite toda pensando nessas coisa da vida sabe doutô? Tem sentido não. 

-Compreendo, compreendo... 

-E então dotô? 

-Olha Joaquim, vou lhe falar a verdade, não tem cura não. 

-Como assim dotô, eu vou morrer?  

-Talvez, Joaquim.  

-Que isso dotô, como assim? Diz isso não pelo amor de Nossa Senhora. 

-Olha, depende do seu coração Joaquim.  

-Do meu coração dotô, que loucura é essa? 

-Loucura mesmo, Joaquim. Isso aí é amor, rapaz. E dos brabo! 

domingo, 22 de abril de 2012

Eu lírico

Não é que eu estivesse brigada comigo mesma.
Mas acho que fizemos as pazes, eu e mim.
O finito caminho fica mais agradável com uma boa companhia.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Fevereiro

Engraçado como as coisas são
Não se deve olhar pra trás virando o corpo inteiro
Liberdade é algo que eu nunca entenderei

As flores não morreram
Os rios não secaram
E as borboletas apenas repousam

Mas o que seria de um fim se não um novo começo?
Eis a boa nova! Borboletas no estômago!

E agora?
A sincronia!
Tenhamos esperança,
e um bocado de espontaneidade...

Bons ventos.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Circo, Dança e Amor.

Nós não queremos saber se você sabe dançar, apenas dance.
Não queremos saber do seu passado mas pedimos seu presente.
Não importa se você não sabe pintar, desenhar ou equilibrar-se em cima de uma corda com uma bolinha na ponta do nariz, mas acho que você deveria tentar...

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Desengrenagem

Estagnado-eu
Estagnado-nós
Estagnado-mundo

O mundo não
O mundo nunca
O mundo sempre

domingo, 30 de outubro de 2011

Ela-muda

Disseram-nos para sermos calmos, termos paciência. "Tudo tem seu devido tempo" é o que dizem nossos ancestrais. Porém meu corpo recusa, minha vontade por mudanças devora-me cada vez mais. Queria eu dizer que é desejo passageiro, coisas de menina-moça. Talvez eu até peça, em sussurros, que essa vontade vá embora, que meus dias voltaem a ser dias tranquilos, dias suaves. Tentei sufocar todo essa ânsia e disso tenho certeza. Mas o grito não se abafou. Não sou forte como imaginara. A gente só descobre nossa força quando precisa lutar contra nós mesmos. Pois bem, este é meu grito de desistência, meu desespero por boas novas. Dispo-me de minha covardia e, finalmente, admito de joelhos que não sou de natureza forte suficiente para privar-me de desejos. Portanto, a partir deste instante, deixo de ser muda e mudo por inteira. Basta o tempo me permitir.


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cotidiano metamórfico

Pois bem, particularmente hoje dividirei meus pensamentos com vocês, em primeira pessoa mesmo, discurso direto, está bem? Olha, eu preciso admitir que esses últimos dois ou três dias não foram o que posso chamar de grandes dias, sabe? Coisas da vida. Cansaço, pressão, umas belas dorzinhas pelo corpo;

Mas de qualquer maneira, o que seriam dos dias bons se os dias ruins não existissem, não é mesmo? Portanto, antes de me deixar levar pelo cinza-tédio, reconheci meu desalento e resolvi buscar qualquer coisa besta que me desse um pouco mais de ânimo.

Enfim, depois de alguns instantes encontrei um site sobre coisas aleatórias para se fazer todos os dias do ano (http://365nuncas.wordpress.com), e por mais besta e bobo que parecesse ser, algumas das ideias que estavam expostas me fizeram perceber que estamos rodeados de coisas bonitas para valorizar, pessoas interessantes que gostariam de ser cativadas mas não percebemos.

Bem, particularmente falando, hoje tirei a poeira que estava sobre minha expontaneidade e achei que seria, de certo modo, carinhoso lembrar-lhes deste lado que possuem também. Afinal, porque não deixar um presente bem elegante em um local público, tentar convencer um estranho de que ele foi seu primeiro amor de infância ou mesmo passar algumas horas mapeando os ipês mais bonitos da sua cidade? Sinceramente, não vejo motivos para não os fazer. São atos que alimentam nosso lado criativo e que não ocupam tanto tempo assim. Além do mais, deixam lembranças divertidíssimas e demasiadamente belas.

Mas é isso, de qualquer modo, foi esse meu ato do dia. Apesar dos desbotados da vida, a ideia foi pegar um bocado de meu tempo só para vir aqui e tentar colorir um pouco de seu tempo também.

"Se o cotidiano lhe parece pobre, não o acuse: acuse-se a si próprio de não ser muito poeta para extrair as suas riquezas."

domingo, 31 de julho de 2011

Meu Tom

Às vezes, esses artistas
Parecem falar em outra língua
Discutem sobre os sons das teclas
Os sons da corda ou de um 'simples' sopro
Falam sobre o tom de Lá
Outros insistem no tom de Sol
Particualrmente falando,
Fico bem com o Tom Jobim.